Com a missão de trazer sempre pessoas que inspiram, o convidado do podcast dessa vez foi o Coronel Guilherme Sette.
Sette já foi Tenente, Capitão e agora é Coronel. Se destaca por todos os projetos que coordena na Segurança Pública do Estado.
Acompanhe conosco o resumo desse bate-papo super agradável e assista o vídeo na íntegra no canal do Youtube!
Segurança do cidadão
O conceito de segurança é amplo, porque a segurança cidadã é um conceito que entende que a política de segurança não é só das polícias, mas de vários atores institucionais e sociais.
E não só as instituições públicas devem intervir mas a própria sociedade, tanto na área de educação, cultura, esporte, lazer, emprego e renda.
Há alguns anos existe uma rede de segurança, que é a integração de todos os órgãos para ter essa segurança efetiva para a sociedade.
Projetos realizados
Sette ficou no Amazonas, e se destacou em muitos projetos.
O Ronda no Bairro foi um marco para o governo, e também houve a implantação do projeto Ronda Maria da Penha, que faz direcionamento de mulheres vítimas de violência doméstica.
Trajetória na segurança pública
Sette foi o número um em todos os concursos que passou, inclusive na Secretaria de Segurança para oficial.
Ressalta que isso é fruto de um esforço muito grande, fora a dedicação de querer muito uma conquista.
“Quando você sabe o que quer e realmente se dispõe a fazer o seu melhor para conquistar aquilo, não tem dúvidas que qualquer um consegue ser o melhor naquilo que se propõe”.
Na Polícia Militar foi onde se destacou mais e viu no edital que a questao da classificação era algo importante dentro do curso de formação, que isso ditaria toda a sua história na PM. Então, sabia da importancia em ser o melhor.
Foram três anos de formação de muito estudo, muitas noites sem dormir.
Nesse meio tempo, ainda houve o nascimento da primeira filha e ele teve que conciliar ser pai e aluno do curso de formação.

Com uma nota surpreendente de 9,82, lembra que o Reitor da Universidade chegou a citar no evento que era a maior nota, maior coeficiente da universidade até o momento.
Sette acredita que isso não é ser nenhum “gênio”, mas sim muito esforço, dedicação, determinação e disciplina.
Agora, da academia, já faz 14 anos. Saiu da academia como Segundo Tenente, passando pelo estágio probatório de seis ou três meses de aspirante.
Aceitava os desafios nos bairros mais violentos, e com o auxílio dos superiores, desenvolveu projetos para melhorar a segurança do local.
Teve oportunidade de visitar o Ceará, para conhecer um projeto de policiamento comunitário, e pegou isso e tentou adaptar para a realidade de onde trabalhava.
Lançamento da Base de Policiamento Integrado no Santa Etelvina
Em agosto de 2010 foi lançada a Primeira Base de Policiamento Integrado no bairro Santa Etelvina e não era só com a Polícia Miliar, mas também com a Polícia Civil e uma equipe psicossocial da Secretaria de Ciência Social, que era um projeto da época.
Essa base foi um sucesso, e foi muito impactante para a população a redução criminal. Até o valor imobiliário do bairro melhorou.
Foram dois anos de aprendizado, e quando o projeto começou a dar resultado e repercutir, a imprensa começou a se interessar.
Foi quando surgiu um outro programa piloto que era o Ronda no Bairro. Aquela experiência que estava vivendo ia ser toda captada e acompanhada por uma equipe para que fosse replicado todo aquele modelo pelo Estado todo.
Sette reforça que seu primeiro aprendizado foi lidar com as pessoas. Tanto a sociedade local quanto os policiais que ele comandava, quanto outras instituições que também estavam ali ao seu redor.
Estudos sobre liderança
Aplicando o que aprendia em teoria, Sette acredita que os dois anos que passou ali foram fundamentais para desenvolver a forma de articulação e de motivar as pessoas.
Podemos dizer que o seu primeiro projeto foi o de liderança. O desafio era grande, mas o sucesso maior foi o reconhecimento da população pois tinham uma revolta muito grande por conta de um padre italiano que tinha sido vítima de assassinato.
Outro marco foi que numa dessas caminhadas, tomou uma iniciativa e fez uma faixa, escrita assim: “A primeira base depois também do integrado caminha com a comunidade juntos pela paz”. Então, o que lhe marcou foi isso, reverter a imagem da instituição dentro da comunidade e receber o reconhecimento e carinho da população.
Projeto Ronda no Bairro
Depois que o governo anunciou o programa Ronda no Bairro, a missão de Sette era sair da parte prática e sistematizar tudo em termos de planejamento e gestão.
Aí envolveu capacitação. Foram formados mais de 7 mil policiais na área, nas metodologias de policiamento comunitário.
O primeiro contato com o cidadão tinha que ser incisivo, então era preciso prever tudo o que podia acontecer. Por isso a questão da polícia comunitária é interessante, porque ela trabalha no nível local, em uma comunidade.
A convivência no dia a dia vai quebrando o medo e gerando empatia, por isso que é importante a polícia comunitária, esse policiamento e proximidade com a população.
A segunda maior necessidade humana é a segurança, pois sem ela a sociedade não consegue se desenvolver, não consegue evoluir para outras áreas, alcançar suas necessidades e subir nessa pirâmide que é de auto-realização e reconhecimento.
Hoje, Sette relembra desses projetos com orgulho. Acredita que Deus lhe deu o talento de ser profissional de Segurança Pública, de ter oportunidade de implantar, idealizar, de ter boas ideias e implantar projetos na área.
Próximos passos
Com a oportunidade de desenhar mais projetos, criou o departamento Previne, que é um programa que abraça os programas e projetos da Segurança Pública na área de prevenção.
Em 2015 recebeu uma ligação do Secretário de Segurança e foi para uma reunião de governo, e viu que eles estavam pensando em políticas novas, e contou a experiência que viu em Pernambuco, chamada Pacto pela Vida.
Contou como achou interessante porque ela enxovia outros órgaos e disse que pensava que era uma evolução para o Estado, pois o trabalho do policial tinha limites, mas se fosse criado uma rede, como o projeto Ronda e o Maria da Penha, haveria sucesso.
O projeto chegou a ser implantado no bairro Jorge Teixeira, que era o bairro mais violento na época, e foi uma experiência muito boa.
Sette se perguntava: Como educador, posso contribuir com segurança? E tinha como, por meio de pesquisas. Acreditava que a maior questão era ocupar os jovens na faixa dos 15 aos 17 anos, para que eles não tivessem oportunidade de ir atrás de outros caminhos, com o ensino em tempo integral, por exemplo.
Uma frase que usa muito, é “Deus premia as pessoas que se dedicam”, então temos que acreditar naquilo que queremos.
Comprovadamente, somente 5% das pessoas têm sucesso. São aquelas pessoas que dão a mais.
Sette encerrou o bate-papo aproveitando a oportunidade para homenagear a esposa Vanessa, que está com ele há 20 anos e acompanhou toda essa trajetória profissional, estimulando mesmo nos momentos de acomodação. Assista o vídeo na íntegra no canal do YouTube!
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