Em mais um bate-papo no Estúdio Inspiração, chegou a vez de receber o Doutor Sérgio Fontes, que contou sua trajetória de 30 anos na área de segurança do Estado.
Hoje ele é Secretário Municipal de Segurança Pública e Defesa Social da prefeitura. E seriam necessárias muitas páginas para contar toda a sua história, mas vamos falar sobre os momentos mais importantes desse profissional tão respeitado em nosso querido Estado.
Vamos lá? Nos acompanhe na leitura!
Metas e objetivos de vida de Sérgio Fontes
Sérgio ocupou cargos de Alto Escalão que chamamos de Segurança Pública. Foi Superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Secretário de Segurança e hoje está na função de Secretário Municipal.

Ele conta que tudo o que queria era ser delegado e ficou muito contente quando conseguiu isso. Sempre quis ser policial federal, e na verdade ficaria contente em qualquer cargo dentro da PF, mas no fim optou por fazer a faculdade de Direito e se tornar delegado.
Em meados dos anos 90 foi para o Amazonas e já tinha um tempo como Servidor Público, pois foi militar por sete anos, e trabalhou um tempo no Ministério Público Federal.
Também foi superintendente em Rondônia e ressaltou que nunca pediu um cargo na vida. Houve muito trabalho e reconhecimento para conseguir tudo o que foi conquistado.
Participação em operações importantes
Com o passar do tempo, Sérgio percebeu que a sociedade começou a ter um outro olhar para a Polícia Federal.
Houveram grandes operações estaduais e do Ministério Público, e se recordou que uma das primeiras grandes operações que participou foi a operação Águia em 2003.
Em 30 anos de polícia, Sérgio viu colegas morrerem e ressalta que isso o deixou mais forte, mas por outro lado também não deixou de aproveitar os momentos de alegria.
Já lidou com narcotráfico, que é um crime sempre em alta, mas ainda hoje se choca com assaltos a ônibus por exemplo. Mas ressalta que mesmo com toda a experiência, não tem inimigos. Há sim, como todos, pessoas que não gostam dele, mas hoje ele pode dizer que não tem nenhum inimigo.
Como funcionam as grandes operações?
Sérgio explicou que toda operação começa com uma denúncia, e como diz o velho ditado, onde há fumaça, há fogo. 90% das operações saem de outras operações. É como se fosse um fio do novelo que você puxa e deles saem vários fios.
A Operação Águia foi um fato concreto que desandou e o ideal é que não haja necessidade de passar tanto tempo investigando para dar uma resposta.
A lei de combate aos crimes organizados também avançou muito com a escuta mental, tecnologia e tudo isso hoje a polícia aproveita.
Mas é importante ressaltar que nenhum policial ganha por produtividade, por prisão feita. A matriz de tudo é o profissionalismo. É isso que leva a trabalhar de noite, aos fins de semana e em feriados importantes.
Qual o principal conselho que um policial precisa ouvir no começo de uma carreira?
A pergunta principal que deve ser feita a um policial que está iniciando, é se realmente ele quer fazer parte daquilo, pois não é um emprego qualquer. Ser policial tem que ser uma vocação, pois requer coragem, bom senso, sangue frio e respeito ao ser humano.
Fora isso deve haver um respeito tremendo pela lei, como se fosse uma religião.
Família
A família de Sérgio é o seu principal alicerce. Quando estava na DRL, chegou a passar quatro meses fora. Teve um filho depois de oito anos de casado, e optou por ter somente um, pois a vida de policial é muito cobrada e a mulher acabou ficando com uma carga grande de atribuições.
Hoje, seu filho Vitor está para se formar em medicina, e a esposa é funcionária pública municipal. Quando estava em Brasília, ficou em ponte aérea mas tinha um cargo de confiança e agradece muito ao governador Melo na época que o convidou.
Treinamentos realizados dentro e fora do país
Da Polícia Federal, Sérgio fez todos os treinamentos, inclusive módulos sobre gerenciamento de conflitos e pessoas.
Essa é uma matéria que falta no conhecimento acadêmico. Além disso, fez cursos nos Estados Unidos, França, México, Colômbia e Peru. Para os policiais novos que querem seguir carreira, Sérgio acredita que cada vez mais é necessário a compreensão do que é liderança, porque por mais que você tenha um bom comandante da PM, um bom delegado geral, você precisa de um gestor que faça a banda tocar em harmonia.
Se o gestor da cidade não tiver um olhar de liderança e segurança para a população, não tem como dar certo.
O preparo psicológico para arriscar a vida todos os dias
Não se falava muito de preparo psicológico antigamente. O policial tem que lidar com ameaças de morte, ameaças a família, estar em risco, e ameaças reais.
E como fica o psicológico nesses casos? Não é nada agradável e nem coisa que possa se dizer que se leve com tranquilidade. Você se preocupa muito mais.
Portanto, o apoio psicológico do policial é muito importante, e por isso Sérgio fez algumas modificações na guarda municipal, e uma delas é não abrir mão de manter um serviço de psicologia e assistência social bem efetivo para quem acompanha a guarda municipal.
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