Você já se sentiu inseguro ou insegura em algum momento da vida? Provavelmente sim. Você e quase toda a população do universo! Sentir insegurança faz parte da natureza humana, principalmente se você vive numa realidade na qual é cobrado todo tempo para ser bom em tudo o que fizer – sem dar a si permissão para errar ou cometer deslizes. Já ouviu falar da Síndrome do Impostor?
Esse foi o tema do podcast “Menteverso”, no Estúdio Inspiração, comandado por Anna do Valle e Leuza Medeiros. Esta edição contou com a presença de Elaine Garcia, que compartilhou momentos marcantes de sua trajetória de vida e profissional, além de dar dicas valiosas para você sair da autossabotagem. Durante o bate-papo, foram explicados como surgiu a síndrome.
Elaine Garcia é Diretora de Relações Institucionais na ABRH-AM. Nasceu no Pará, mas mora em Manaus há 34 anos. Ela é casada e mãe de um casal de filhos. Confira esta entrevista enriquecedora.
A síndrome quer te enganar
Anna do Valle iniciou explicando o que seria a síndrome e os estudos já divulgados sobre o tema e de como ele atinge, principalmente, o universo das mulheres. Ana do Valle também esclareceu que ainda não há definição científica sobre a síndrome.
“A síndrome da impostora, ela é um termo que surge ali no finalzinho da década de 70, por duas psicólogas norte-americanas, que foram estudar a síndrome do Impostor exatamente no universo das mulheres. Elas tinham um grupo de amigas muito bem-sucedidas, mas que por alguma razão elas não se sentiam uma fraude, elas ou diminuíam as conquistas ou justificavam, então é muito recente, você falou qual é a origem disso, né, e quando a gente falar da origem nas pessoas também, a gente vai falar muito sobre isso, tô dando um monte de spoiler. Não existe, ainda, uma definição científica sobre como a síndrome do impostor nasce, mas como a gente fala muito no “Menteverso” sobre gente, pode ter alguma origem ali na tua infância, algum contexto de muita crítica, de muita cobrança, que faz você ou se levar sério demais ou se cobrar demais, ou ser muito exigente com as tuas conquistas”.
Escolha o que vai lhe limitar
Um dos conselhos dado durante o bate-papo no “Menteverso” foi como saber lidar com as limitações e como desfazer essa “programação” em sua mente por meio da tomada de consciência, reconhecendo que está sofrendo da síndrome.
“Algumas pessoas falam de crenças limitantes que a gente tem essa programação mental que nos limita, e ela fala, calma, Ana, agora eu queria que você chamasse de crença instaurada. Porque da mesma maneira, não necessariamente isso te limita, mas é importante falar dessa origem, porque da mesma maneira que essa programação foi feita, sim ela pode ser desfeita. E eu acho que o primeiro passo fundamental, e a ideia aqui não é passar receita pra vocês, é que tampouco é tão simples assim, é um processo, é uma jornada de muito tempo, é a tomada de consciência, e a gente falar sobre isso, é a gente reconhecer, será que isso é, será que isso não é, saber que a insegurança, de certa forma, ela é parte da nossa vida”.
A importância do autoconhecimento
Anna do Valle também deu bons conselhos para saber se autoconhecer e identificar onde você está se autossabotando, pontuando que o autodesenvolvimento é fundamental para sair dessa “bolha”.
“No final do dia é autoconhecimento, porque você precisa entender, aí vem tudo, vem todos os seus gatilhos, tem tudo que você traz, de dores, de frustrações, de presentes que a vida te trouxe, de coisas que você considera realmente como presentes, então tem tudo junto na hora de você trazer e quando você olha, opa, o que será? Que renúncias eu posso ter? Que tipo de ambiente? Que tipo de pessoas? Às vezes a gente precisa lidar com pessoas muito diferentes, elas vão te ensinar uma lição, porque senão também você não sai da sua zona de conforto de autodesenvolvimento, de perceber quando você precisa falar mais ou calar mais, ou quando você tem uma lição a passar ou quando você tá ali só aprendendo. Então tem todo um contexto que realmente viver é isso”.
Sintomas da síndrome do impostor
Estas são alguns dos sintomas da síndrome
- Necessidade de se esforçar mais;
- Perfeccionismo ou excesso de trabalho;
- Autossabotagem;
- Você achar que você é um fracasso iminente ou inevitável;
- Medo de se expor;
- Não aceita desafio por achar que não vai dar certo;
- Comparação com os outros;
- Perfeccionismo.
Mulheres se respeitando
É possível facilitar a vida para mulheres que convivem com a impostora. “Como mulheres, não conseguimos fazer nada sozinhas, a gente precisa de uma rede de apoio. São as mães, são as amigas, a sogra, as irmãs. Então, a gente precisa dessa rede de apoio pra vida, pra parte social, pra família, quando você tem filhos, pra você trabalhar, a gente precisa disso. E aí, rede de apoio, às vezes, é rede de cobrança também, porque quando você precisa da pessoa, você dá. A via de mão dupla é ela também poder criticar alguma coisa. E aí a gente fala de ancestralidade, fala de o quanto nós também somos machistas, temos, carregamos ainda isso e a gente se policia, quem tem um pouquinho mais desse conhecimento e dessa consciência, mas a gente tem que entender que nem todo mundo teve acesso e respeitar”, a dica foi dada por Garcia.
A gente precisa de uma rede de apoio.
Autoconfiança para vencer
Anna do Valle também ressaltou como vencer a síndrome do impostor, por meio de técnicas, terapia, reconhecer os sintomas e procurar ajuda profissional para sair desse lugar
“A questão de você se autoconhecer, de você se proteger, de ver o que você filtra, de o que você leva pro coração, do que vai ficar ali na superficialidade. Eu acho que tudo isso é muito importante nesse dia-a-dia, nessa convivência, viver aí nessa selva. Eu vou pra aquele lugar que você já sabe bem de dizer, a gente tá se aproximando do fim, pra você preparar, ganhar tempo aí das tuas considerações finais, dois comentários que eu não podia deixar de fazer, eu acho que o primeiro é, quando eu tomei a decisão de, eu não gosto da palavra transição de carreira, eu já disse isso, mas de talvez sair da posição que eu ocupava, muita gente falou, você é muito corajosa”.
Você pode sim desenvolver a confiança, ter técnicas, procurar ajuda, tem gente profissional pra te ajudar com isso, mas é você saber que o fato de você reconhecer as tuas inseguranças.
Confira mais detalhes do bate-papo no Menteverso
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